quinta-feira, 10 de setembro de 2009

É a vida...

Patrício Peres arriscou a vida ontem para tentar salvar sua geladeira. Morador do Jardim Santos Andrade, no bairro Campo Comprido, ele tentou tirar de dentro de casa o que pôde quando viu que a água podia lhe tirar tudo o que havia construído. Tudo foi abaixo, porém, quando a ponte por onde ele tentava passar se partiu.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Adolescência: ninguém aguentaria duas.

E, últimamente, a vida já não é aquele tormento.

Outro dia escutei uma pessoas falando que felicidade mesmo só existia aos 15 anos. Acho que ela deve ser a única a pensar assim, ou minha adolescência é que muito conturbada, mas como essa época é perturbadora para muitos, acho que ela era a errada mesmo ou sofria de amnésia.

Todos os problemas são maiores aos 15 anos.

Nenhuma roupa ficava boa porque eu não tinha peitos, eu não tinha coxa, eu não tinha bunda. Meu ser se resumia a ter orelhas e nariz ahh e, também, vários ossos que eram meus braços e pernas. E algumas pessoas ainda comentavem alegres e um tanto quanto invesjosas "Mas você não tem barriga!". Realmente, como uma pessoa podia ter barriga se era completamente magra? Por outro lado, quem se importa em ter barriga se ela vem acompanhada de outros acessórios positivos? Eu não teria me importado.

Eu sempre era a última a ser escolhida nos esportes. Era ruim em handebol, péssima em futebol. terrível em vôlei e, nos outros esportes, era melhor ficar sentada ao lado da quadra lendo um livro, assim, pelo menos, eu não atrapalhava ninguém.

Sair era uma palavra de contexto pouco explorado pelos meus pais. Para minha mãe o significado de "sair" era ser encontrada por um psicopata assassino. Para meu pai "sair" era sinônimo de "não", as duas palavras sempre andavam juntas. Eu era vítima de um super exagerado protecionismo.

Amigos eram seres mágicos que podiam ser imaginados atráves de páginas de livros, com histórias vividas por outros.

Internet não existia.

E pra piorar ainda tinha que decidir o que eu ia ser quando crescer, sendo que aos 15 anos eu já tinha os 1,70m que já tenho hoje, isso pesando 46kg.

É, a adolescência será inesquecível e ainda bem que além de ser só uma fase, ela já passou.

É a vida...

E no fim ... só restará um ser solitário e tudo ao seu redor será destruição. Nos escombros e detritos o ser solitário encontrará um violão. Do violão não sairá um rock de contestação ou um blues de solidão, também não sairá um pop narrativo ou um rap de indignação, sairá, pois sim, um sertanejo, provando que a desgraça sempre pode piorar e o que é ruim tem força para permanecer sempre.